Blog GD Amarelos

19/07/10

GD Os Amarelos - História/Fundação

COMO TUDO COMEÇOU
Sócio fundador - José Cripim


Ainda junto aos meus pais e irmãos, lembro-me de ter morado na Rua Major Pedroso Gamito no Bairro Santos Nicolau, onde também nasceu o meu filho Mário Rui, que aos quatros anos de idade passou a ser a mascote do Grupo Desportivo “Os Amarelos”.

Tinha eu mais ou menos 24 anos, quando fui abordado pelos meus amigos Francisco Soares (Chico) e pelo Fernando Silva (Batata), no sentido de formar-mos um Clube Desportivo, e foi assim que começámos.

Por ser norma na altura escolher a cor dos equipamentos de acordo com as cores dos maiores clubes de Portugal, entendi que iríamos ser diferentes e escolhi as cores de um clube modesto na altura, o Estoril Praia.

Alugámos o nº 1 da mesma rua onde morava para sede do clube e demos ao clube o nome de Grupo Desportivo Setubalense, com camisolas amarelas e calções azuis.

Os jogadores jogavam descalços mas em pouco tempo, visto termos uma das melhores equipas populares de Setúbal, ficámos popularizados como “Os Amarelos”, e como ainda por cima se ouvia comentar pela cidade não há pai para “Os Amarelos”, resolvi mudar o nome para o que ainda hoje se mantém.

Como Presidente, Tesoureiro, Treinador, em suma, quase o chamado dono dos Amarelos, mas sempre acompanhado pelo Chico e pelo Batata, o meu sobrinho Alfredo, o Alexandrino Biscaia o Zeca Moreira o Horizonte a Flora Alves que costurou os primeiros calções do clube, o Zé Branco o João Carolino os barbeiros Mané o Domingos o António o Zé Tavira e tantos outros que não por injustiça, mas por esquecimento não estão aqui referidos.

Lembro-me também de alguns jogadores que foram criados no Clube, e tantos foram de grande qualidade, em especial o Fernando Marques que foi para o Benfica e foi nesse ano Campeão Distrital de Juniores, e até eu fui jogador que sendo reserva joguei num jogo contra o Vasco da Gama, clube também aqui do bairro, ganhámos por 1-0 e fui eu que marquei o golo com um tiraço do meio da rua.

A alegria foi tanta que desatei a correr e a gritar fui eu fui eu, que fiquei com a alcunha do fui eu.

Tivemos outros grandes jogadores vindos de outros clubes, pois todos queriam jogar nos Amarelos.

Com o passar do tempo o cansaço, a saturação e o desacompanhamento, levaram-me a parar por uns tempos e arquivei tudo, até que um dia o Joãozinho e o meu afilhado Bártolo me bateram à porta, pedindo-me autorização para formar uma Direcção e pôr de novo o Clube em actividade, ao que acedi de imediato, entregando tudo o que estava em meu poder, pondo como condição nunca mais ser director do Clube.
Assim sendo o Bártolo o Joãozinho e o Gonçalo Adrião, continuaram com o clube dando-me a honra de ainda hoje ser o sócio nº 1 do GRUPO DESPORTIVO “OS AMARELOS”.

Adoptou como o seu emblema e suas cores as maiores riquezas que a região possui, o amarelo do sol e o azul do mar.

O G. D. “Os Amarelos” não quer ser melhor nem pior que outros, é seguramente diferente.

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